As regras do Power Metal 1. Você tem um objetivo: ser épico.
2. Não deixe nenhum som isolado. Se há um solo de guitarra, harmonize-o. Se há uma linha vocal, faça dela um coro.
3. Teclados são uma ótima maneira de adicionar milhares de texturas diferentes em uma canção. Encontre duas dessas que você goste e insira em qualquer canção que você componha.
4. No mundo power metal, qualquer coisa “do aço” é boa, e qualquer coisa boa deve ser comparada ao aço.
5. Você não necessariamente precisa cantar letras sobre Satã, o mal, e/ou trevas.
6. Você PRECISA cantar letras sobre dragões, liberdade e/ou power metal.
7. Lembra que nenhum som deve ficar isolado? O mesmo vale para os álbuns. Tudo pode ter uma sequência!
8. Lhe é permitido o direito de ser loiro.
9. Espadas aumentam sua credibilidade e sua performance. Certifique-se de carregar uma com você não importando se você sabe usá-la ou não.
10. Escolha um tema e nunca mais largue-o. Manowar são guerreiros do True Metal e eles não cantam sobre mais absolutamente nada. Rhapsody tem suas crônicas de Algalord. Hammerfall têm seu aço, seus martelos e seus templários. Running Wild tem piratas. BLIND GUARDIAN tem Tolkien. A nenhum deles é concedido o direito de cantar sobre outra coisa a mais.
11. Se você quer cantar sobre outras coisas, invente um projeto paralelo. Avantasia é o modelo perfeito.
12. Baladas são permitidas.
13. Isso não significa que suas baladas tenham que ser uma porcaria
14. Quanto mais demorada a música, mais épica. Ver regra #1
15. Mais solos significa mais épico
16. Se possível, seja Michael Kiske
17. Se isso não for possível, finja ser Michael Kiske.
18. A capa do seu álbum deve conter pelo menos um dos seguintes elementos: fogo, aço, itens mágicos estranhos com brilhinhos, homens musculosamente deformados, punhos erguidos no ar, cutelaria, criaturas mágicas (de preferência dragões) ou raios brilhantes de luz em volta de alguém/algo.
19. ‘Grim’ e ‘necro’ não aplicam-se aqui; eles apenas fazem você parecer ridículo. Agora vá imediatamente cantar sua canção de 20 minutos sobre matança de dragões!
20. Power metal depende de power chords.
21. décimas-sextas são as únicas notas.
22. A não ser que você esteja cantando, não lhe é permitido o direito de segurar uma nota por mais de 0,3 segundos.
23. Teclados têm solos, também.
24. Se você não pode de jeito nenhum ser como Michael Kiske, pelo menos que seja como o Timo Tolkki.
25. Pensando bem, não seja como o Timo Tolkki.
26. Caso você ainda não tenha percebido, “sinfônico” é sinônimo de “épico”. Ver regra #1.
27. Só porque outras 300 bandas já fizeram algo “épico” antes de você, sempre há lugar pra mais um.
28. Faixas vêm em dois ritmos: metal e baladas.
29. vocês são oficialmente o único grupo de pessoas que podem se auto-proclamar “poderosos” sem ser (muito) ridicularizados.
30. A massa tem que cantar junto. Faça refrões pegajosos.
31. Cante em Inglês, embora sua base de fãs seja composta basicamente de brasileiros, alemães, japoneses, suécos e finlandeses. Ver regra #30: Se não for pegajoso, fica difícil de cantar em uma língua que não seja sua língua nativa.
32. Toque no maior número de bandas possível. Mais projetos paralelos e mais participações especiais significam mais épico!
33. Calças apertadas.
34. Você não precisa desafinar suas guitarras.
35. Embora você tenha que mudá-las e ajustá-las bastante.
36. Infelizmente, você precisa em sua banda de no mínimo dois guitarristas. Afinal como você acha que serão realizados aqueles duelos de solos de guitarra poderosos?!?!
37. Teclados podem substituir um guitarrista, enquanto puderem ser realizados solos.
38. Felizmente, você não precisa de um baixista! Ou pelo menos você não precisa usar o mesmo baixista duas vezes.
39. Comece todas as suas músicas com um longo acorde no teclado.
40. Violões acústicos são permitidos, às vezes.
41. Não é uma turnê! É uma cruzada!
42. Sobreponha suas linhas vocais, centenas sobre centenas de vezes. Não se preocupe quando for cantá-las ao vivo.
43. Nunca use palavras comuns em suas músicas. Nada é épico o suficiente se você não usar palavras como “majesty,” “glorious,” “magical,” e por aí vai.
44. Magos! Você precisa de magos!
45. Embora sua vestimenta não exija corpse paint, requere-se uma capa, um monte de jóias e as já mencionadas espadas.
46. A não ser que vocês sejam o Manowar. Nesse caso vocês são muito poderosos para usar roupas.
47. Pensando bem, não sejam o Manowar.
48. Use armadura sempre que possível. Hammerfall dá uma boa idéia de modelos de armaduras aceitáveis, desde couro endurecido até cotas de malha.
49. As faixas não começam à toda velocidade. Vá aumentando aos pouquinhos até chegar a um estado de loucura épica.
50. Hail true metal!
51. Violões acústicos são usados para introduções e pontes. Após isso esmague-os com aço mágico.
52. Calças. Apertadas. Épicas.
53. Vocais agudos são vocais épicos. Vocalistas mulheres são ótimas pra isso.
54. Portanto vocalistas homens devem cantar como vocalistas mulheres. Ver regra #52.
55. Guerreiros True conseguem distinguir a diferença entre os álbuns.
56. Álbuns conceituais são totalmente épicos!. Ninguém nem sonha fazer isso.
57. Notas no encarte devem incluir histórias e relatos, podem ser da sua demanda épica sobre os dragões do mal ou sobre o seu duelo épico contra o alcoolismo enquanto você estava produzindo o CD.
58. Drogas não são metal.
59. Já cerveja pode ser inserida e servida de todos os meios true metal.
60. “Flagons of ale.” Serve bem para título das suas letras sobre histórias fantásticas, é é quase igual a “dragons,” então fica melhor ainda.
61. Já que você não pode usar de grunhidos, urros, arrotos e outros recursos vindo dos Trolls, você vai ter que cantar.
62. Por causa disso, seu sotaque será evidenciado.
63. Pra compensar, faça músicas sobre matar Trolls, de preferência com aquelas espadas que você carrega no palco.
64. Mais continuações = mais épico. Ver regra #7.
65. Vocalistas convidados, guitarristas convidados e qualquer outra participação especial de fora da sua banda faz a música soar mais épica, mesmo que a faixa seja exatamente igual às outras músicas com um solo de guitarra a mais.
666. Norsk Arysk Blak Metal! Rahhh!!!
67. Começe as músicas em mid-tempo e então, quando os ouvintes menos esperarem (coincidentemente no exato momento de todas as suas músicas) Atinja máxima velocidade com bumbo duplo e power chords.
68. Baixistas, um recado: Velocidade total!
69. Mas inclua uma linha enorme e incrível de baixo para preenchimento, Embora toda a produção sobrecarregue tanto a música que outras pessoas vão esqueçer que a banda possui um baixista.
70. Só porque você não toca Black Metal, não significa que você não pode usar Tolkien
71. Quando as idéias acabarem, abra seu livro de Dungeons & Dragons, de repente vocês são a primeira banda a falar sobre Owlbears e Kobolds.
72. Nunca saia da Europa.
73. Devido à regra #72, Japão pode ser considerado parte da Europa .
74. Oh, e a América do Sul foi colonizada por europeus, então pode ser contada como Europa também.
75. Orquestras são um ótimo artifício para seu disco. Já que você não tem dinheiro para contratar uma, procure por novos cartuchos para seu teclado.
76. Se o seu disco ao vivo não possui o povo cantando junto todas as partes harmonizadas, você não é épico o suficiente para ser digno de um disco ao vivo.
77. Se você for Europeu, use o máximo de palavras arcaicas possíveis nas suas letras! Incompreensão é épico!
78. Se você é Sul Americano, suas letras devem seguir um Inglês mais padrão, embora ninguém vai dar bola pra elas.
79. Se você é Americano dos Estados Unidos, você provavelmente não é uma banda de Power Metal de verdade. Cante letras sobre tanques, guerras, essas coisas...
80. Se você é Italiano, escreva algumas letras em Latim. Seus fãs Americanos não vão conseguir distinguir suas letras italianas e suas letras em latim, mas Latim é épico
81. Lembre-se, barbear-se é épico, cortar o cabelo não.
82. Álbuns inteiros devem ser gravados no mesmo padrão musical.
83. Tendo isso em vista, carreiras inteiras devem ser gravadas no mesmo padrão musical
84. Guitarristas, lembrem-se: dun da-da dun da-da dun da-da…
85. Faça o logotipo da sua banda bastante angular, porém perfeitamente legível
86. Mais do que um Logotipo, você precisa de um Mascote.
87. Ele não precisa ser muito diferente do Eddie, mas ele não precisa aparecer em todas as capas dos seus discos.
88. No seu primeiro show, se você sentir uma “força mística poderosa interior”, tome cuidado para não respingar no público.
89. Grave todas as suas melhores músicas em formato acústico e venda em um EP.
90. Não espere que alguém vá comprar seu EP.
91. Lembre-se, fãs de Power Metal não são gays. São pessoas completamente confortáveis com sua masculinidade.
92. Cantarole.
93. Não seja pego cantarolando.
94. Glitter não é épico.
95. Nem óleo corporal. Ver regra #47.
96. Se você ver algum fã de Black Metal no mato fingindo ser um Troll, ver regra #9 e a regra #63.
97. Nas suas notas de encarte, faça agradecimentos a absolutamente todos que fizeram turnê com a sua banda, mesmo que entre eles inclua-se Stratovarius.
98. Reclame todo o tempo do Stratovarius, embora você possua todos os itens possíveis deles e que você os escute mais do que qualquer coisa na sua coleção.
99. Power Metal deve ser puro, não misture com outros estilos de metal.
100. Repita: Ser épico.
101. Na regra #52 já tinha acabado minhas idéias de coisas engraçadas para pôr aqui, mas achei que menos do que 101 regras não seria tão épico.
PARTE 2:
1. Jeans e couro foram embora com o Saxon. Seda e aço é a nova moda.
2. Se você fizer questão de misturar os gêneros, power metal ainda é o tipo dominante. ( blackened power metal, por exemplo) Essa posição é reforçada pelo argumento de que Power Metal é infinitamente mais épico do que os outros estilos, mas também porque “empowered” death metal soa meio ridículo.
3. Nem todas as pessoas do mundo têm a sorte de ter um sofá para matar. Cante um lamento heróico em memória dessas bravas almas antes que você entre em luta corporal com a sua mobília.
4. Mesmo que você não saiba nada sobre Política Internacional, você ainda pode escrever histórias sobre Relações Internacionais entre reinos mágicos.
5. Quando eu digo “relações internacionais”, eu quero dizer “guerra”. Ninguém quer ouvir hinos do aço majestoso sobre embargos comerciais.
6. Quando der entrevistas, não se esqueça de mencionar Thor como uma das suas influências musicais.
7. Temas abertamente religiosos geralmente são uma má idéia. Escrever canções extremamente vagas sobre “destino”, “tempo”, “zodíaco” e outras metafísicas é um caminho muito mais seguro
8. Relance todo o seu catálogo de álbuns com uma música extra no Japão. Então faça todo mundo pagar três vezes mais por algo que eles já tem por causa de uma “Lado B” e um Cover do Helloween.
9. Se você fez algum cover dos CD’s do HELLOWEEN “Pink Bubbles Go Ape” ou do “Chameleon”, faça um favor ao mundo e se mate.
10. Fogos de artifício são épicos. Lembre-se de chamá-los no palco de “Bafo do Dragão”, ou “Fagulhas da Bigorna do Sagrado Ferreiro”
11. Uma observação sobre fogos de artifício: Não se ateie fogo como James Hetfield. Guerreiros True do metal conseguem manipular o fogo sem se queimar.
12. Inclua o máximo de vogais possíveis no nome da sua banda. Idealmente, será o mesmo nome do reino mágico sobre o qual vocês vão cantar.
13. Gettysburg não era um reino mágico. Que vergonha, Jon Schaffer!
14. Colocar o nome da sua banda como Spinefarm, Nuclear Blast ou Steamhammer não vai dar para vocês um contrato. Vocês vão ganhar, de fato, muito tráfego das suas .mp3’s...
15. ...e uma intimação para cancelamento de atividades.
16. Ou um processo por infringir leis de Copyright.
17. Às vezes, um coro não precisa ter uma letra ou um refrão. Apenas entoar um “ôôô ôôô ôôô” já é grandioso o suficiente para expressar seu fervor de batalha. Hammerfall são mestres nisso também.
18. Promo photos vêm em dois tipos: parados de camiseta parecendo uns idiotas, ou sendo banhados pela gloriosa luz do universo segurando espadas lá no alto, vestidos em robes dignas de um rei.
19. Clipes devem ser filmados na neve.
20. Falando nisso, você deveria ser congelado por fazer clipes tão ruins!
21. Se escolher aonde filmar um clipe tornar-se um problema, só filme a banda tocando a música em um armazém, floresta ou sala cheia de água.
22. Pelo quê você luta? For the king, for the land, for the mountains, for the green valleys where dragons fly, for the glory, the power to win the dark lord!
23. Sem contar o direito de poder compor um álbum baseado em algum filme podre de fantasia dos anos 80. Como é que “Willow na Terra da Magia” ainda não virou uma saga de 5 CD’s?
24. Sonata Arctica não é “Ice Metal”. Power Metal é a descrição mais sacrossanta que pode ser direcionada a uma banda; não é necessário esquentar a cabeça para criar um novo sub-gênero.
25. ESP e a Jackson irão fornecer suas guitarras...
26. ...como se alguém fosse realmente te patrocinar... tsc tsc tsc.
27. Nunca mude. Uma seqüência deve ser sonoramente idêntica ao seu álbum predecessor.
28. Primeiro passo: tangas.
29. Segundo passo: Montanhas.
30. Terceiro Passo: Viva como os bárbaros no meio do nada. Entre em contato com a natureza, Cace para comer, e deixe o “power of the dragonflame” queimar em seu coração!
31. Se você, de fato SENTIR o “power of the dragonflame” lhe queimando por dentro, recomendo sal de frutas.
32. Narração é uma ótima maneira de preencher aquelas partes em sua saga épica que ficam melhor em prosa do que em verso.
33. Contrate um narrador competende, embora... ninguém tenha feito isso ainda! Com exceção do RHAPSODY que finalmente se tocou e contratou o Christopher Lee.
34. Não, Christopher Lee não vai fazer as narrações do seu álbum. Aumente alguns níveis e depois faça uma investida.
35. IRON MAIDEN é o pai.
36. Dragonforce é o filho.
37. Tolkien é o espírito Santo.
38. Use “trigger” na bateria, a não ser que você tenha as mãos mais rápidas do mundo. (Eu ia fazer uma piada sobre batedores de carteira explicando o porquê de todos os brasileiros estarem em bandas de power metal, mas eu ia estar parecendo um palhaço etnocêntrico. Lembrem-se crianças, guerreiros True vêm em todas as cores, sexos e raças místicas.)
39. Toque tudo muito rápido, pelo simples fato de que é muito mais épico. Dragonforce, portanto, é a banda mais épica possível.
40. Se você insiste em criar um novo gênero, então escolha um nome extremamente épico como “Extreme Operatic Dragonslaying Symphonic Melodic Epic Heavy Hollywood Power Metal dos Onipotentes Deuses Guerreiros da Finlândia.'
41. Você definitivamente não é Power Metal “normal”
42. Hansi é deus.
43. Vocalistas não podem ter testículos, a não ser que eles sejam Hansi, porque ele é Deus.
44. Nunca se esqueça: você precisa cantar; eles não fazem rap na Terra-Média e Elfos de verdade não vociferam.
45. Orcs, porém, são excelentes vocalistas convidados.
46. Lembre-se de ter sempre listado como suas influências Iron Maiden, HELLOWEEN e Stratovarius.
47. Escute o Nightfall in Middle-Earth uma vez por dia.
48. Assista a todos os DVD’s de “O Senhor dos Anéis” pelo menos uma vez por semana.
49. Se você assistir a todas as versões estendidas do início ao fim, você pode se auto-proclamar épico, e desempregado.
50. Leia O Senhor dos Anéis a cada mês ou dois.
51. E o Silmarillion!
52. Para a aula de Literatura, entregue no trabalho final uma comparação entre as obras de Tolkien e as interpretações do Blind Guardian.
53. Faça de tudo para que as pessoas achem que você é gay. Armadura, tangas e pintura no rosto (NÃO corpse paint) colaboram muito pra isso. Para o modelo ideal, procure algumas fotos de Ronnie James Dio, o homem mais poderoso da história do Metal.
54. Você, definitivamente, NÃO É GAY!.
55. Independente do fato de você ser gay ou não (o que no caso você não é), você adora o Tuomas Holopainen E TAMBÉM Tarja Turunen.
56. Canções sobre amor são aceitáveis, mas tem que ser amor épico que envolva mortes e, com alguma sorte, dragões e/ou demônios.
57. Não faça músicas sobre sexo. Sexo não é muito épico.
58. Oceanborn é muito melhor que Once.
59. Gritos agudos são permitidos, mas são considerados Clamores de Batalha épicos.
60. JAMAIS se atreva a fazer um clipe bom!
61. todos os seus fãs querem que você grave um clipe com cenas de batalha.
62. Eles sempre ficarão decepcionados, embora eles apreciem o fato de você incluir no seu palco um dragão inflável de 13 metros de altura.
63. Batas são MUITO Metal.
64. Embora não tão Metal quanto uma cota de malha.
65. Você não pode pagar por uma cota de malha, portanto use um colete de Lurex prateado que você achou em um brechó fuleiro.
66. Hansi, perdoai Bal Sagoth, eles não sabem o que fazem...
67. Não faça distinções entre a sua vida normal e o personagem que você vive nos palcos. Embora andar por aí de armadura com espada em punho possa chamar uma quantidade de atenção meio desagradável, é uma ótima maneira de fazer propaganda, “Orgul Silverleaf, Orc Hunter: the Epic Quest, Volume XIII.”
68. Sobrepeso ou magro como uma taquara são conceitos que estão muito abaixo da sua luz, afinal de contas “O Metal nos faz ficar Fortões”
69. O Power Metal aceita músicas lentas que tornam-se rápidas, NUNCA o contrário. A não ser que a música tenha que baixar a velocidade para um uivo de lobo ou outro som épico ser audível.
70. Sente na frente do computador e fique horas escrevendo regras engraçadinhas do Power Metal. Isso atrai as mulheres, mesmo que você seja mulher também.
71. Compre seus CDs no Ebay. Lembre-se de que é o lugar mais fácil de achar aquele álbum importado com uma música extra, que por isso é muito mais épico (e caro) do que o álbum original.
72. Você não tem um fã-clube, você tem um exército
73. Mas é claro! Levando em conta que cada fã porta uma espada...
74. Uma banda que massacra unida, permanece unida. A não ser que vocês comecem a massacrar-se entre si. Mas até aí tudo bem afinal o Varg não toca Power Metal.
75. Interrompa de forma radical aquela sua balada com um solo de guitarra absurdamente ensurdecedor e maniacamente rápido. O que avacalharia com a música em condições normais é necessário aqui pra acordar metalheads que caíram no sono enquanto você cantava sobre quando você pegou a sua ex no flagra com aquela Câmera Digital do Gelo Eterno +2 em todos os atributos.
76. Seu álbum deve obrigatoriamente ocupar a capacidade máxima de 74 minutos de um CD. Um verdadeiro rei nórdico não aceita menos de um CD inteiro em sua homenagem.
77. Se você acha que não vai conseguir compor quase 80 minutos de solos absurdos e coros estoura-testículos, você pode inserir uma pausa do mais absolutamente nada no fim do CD.
78. GLOOOOOOOOORIA, GLORIA PERPEEEETUA!
79. Nunca faça turnê nos Estados Unidos.
80. Alegue que você nunca pôde fazer turnê nos Estados Unidos por problemas de passaporte, quando todos nós sabemos a verdade de que você não quer passar perto da terra que criou o Eminem.
81. Dê a idéia de que sua banda é um grupo de pessoas que tocam a música feita por uma só pessoa e que só essa pessoa tem opinião formada. Como de praxe, seus modelos devem ser Luca Turilli e Timo Tolkki.
82. Não seja Timo Tolkki.
83. Nunca produza merchandising decente. Seu logotipo fica legal nas capas dos álbuns, mas nas camisetas fica uma merda.
84. Mulheres cantam. Não é permitido a elas nenhum outro papel na banda. Isso é uma pena, afinal elas são as únicas pessoas na banda que ficam BEM de cabelo comprido.
85. Se a sua criatividade acabou, remasterize seu primeiro álbum. Ver regra #70
86. Falando em criatividade (que é uma coisa que não falta nunca nos Guerreiros True), se você não consegue bolar aquela elegia genial para sua princesa élfica do norte no final do CD, uma dica: não se constranja de começar ou terminar um refrão com “...on the Wings of a Dream”. A partir daí é só montar um quebra-cabeças complexo que é uma letra de Power Metal normal.
87. Depois de algumas cervas, “Reflexões de Ctulhu” parece um bom nome para um álbum conceitual.
88. Tremas aumentam sua credibilidade. Esforce-se para nascer num país onde eles são fundamentais no alfabeto.
89. Notas de encarte devem incluir desenhos originais ou fotos do seu guitarrista fazendo palhaçadas no backstage.
90. Algumas bandas são ambiguamente Power Metal, e ao invés disso são categorizadas como “Speed Metal” ou “Heavy Metal Clássico”. Embora você possa gostar deles, Se eles não puderem despir-se de preconceitos e vergonhas como um Guerreiro True, então eles não podem acompanhar você na sua “Saída de Campo”.
91. E quando eu digo “Saída de Campo” eu quero dizer “Correr como um louco em volta das árvores entoando gritos de guerra e tentando achar um elfo”.
92. Não ponha palavrões nas letras de um álbum, guarde todos para a comunicação com o povo nos shows.
93. Tenha sempre uma faixa de introdução. Isso significa ”um minuto de teclados que vão ficando gradualmente mais altos.”
94. Faixas instrumentais são limitadas a uma por álbum. Essa regra tem como base o fato de que as faixas instrumentais não avançam muito na sua história, a não ser que seu guerreiro Nórdico tem que provar sua bravura num concurso de tirolês contra o Lorde Negro e, se for esse o caso, faça um favor a todos e reescreva sua história.
95. Se você está desesperado por uma música extra, faça um cover do Iron Maiden.
96. Se você está MUITO desesperado por uma música extra, faça um cover dos Scorpions.
97. Cd’s duplos são épicos. O problema é que quase nunca os dois CD’s são bons.
98. Se você tem suspeitas sobre um amigo não ser um Guerreiro True, peça pra ele listar todos os projetos paralelos que o Alex Holzwarth tocou. Se o seu amigo não consegui dar todos os nomes, convoque uma demanda épica na busca por todos os álbums dos projetos para salvar seu amigo de uma dimensão maligna desprovida de Power Metal.
99. Se a sua mãe entrar no seu quarto enquanto você aplica sua pintura facial enquanto veste uma capa e uma tanga, eu não posso fazer nada pra te ajudar cara...
100. Ainda acho que acabou a criatividade de coisinhas engraçadas desde a última lista.
101. Mas devamos nos orgulhar por esse feito com 101 regras de extensão, afinal contribuições externas compuseram essa lista, e como todos nós sabemos, quanto mais gente de fora, mais épico!
REGRA BONUS RARA LANÇADA APENAS NO JAPÃO!
102. Grave seu álbum ao vivo no Japão, porque, honestamente, aonde diabos você acha que vai conseguir um estádio cheio para gravar um álbum a